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quarta-feira, 4 de junho de 2014

Sobre a Mesa



Seus olhos como chamas 
Me despindo, me obstruindo 
Tuas mãos me acariciam 
Despindo minha decência 
Roubando minha inocência 

Sob a mesa 
Sou servido 
Brutalmente me desonrando 
Não estou no comando

Suor sobre a pele 
Lavando nosso pecado
Estou preso em seu falo
Poeticamente sendo penetrado

Teus músculos 
Meu escudo 
Teu afago
Me contraio 
Sob a mesa 
Sou servido 
Engolido, cuspido
Tua erupção 
Minha redenção 





domingo, 1 de junho de 2014

A Massa



A massa tão maltratada, pobre coitada 
Tão incompreendida tão massacrada
Existe resistência para liberação 
Não sabem que a ameaça é a água do cão

Parem de coibir e deixem a massa livre para a população
Temos o direito de fumar, ou não!
Quantas vidas são perdidas com o mercado?
Morrem usuários e garotos de recado
O álcool o cigarro não são os vilões nesse cenário?
Nessa onda de exércitos lícitos 
Caixões são embalados e vendidos 

Fecham os olhos para as estatísticas que só mostram melhorias 
Ela é aliada dos enfermos e do cultivo da poesia 
Parem de se enganar abram sua mente e venha junto com a gente
A massa não mata muito menos danifica ela é calmante ela é vida

Para que tanto medo?
Se o pior já está espalhado entre os becos
Vestidos de branco em forma de pedra 
Isso sim é uma tragédia 

Liberem a massa para a população 
Mudem logo essa legislação 
Se não é legalizada ela será comprada
Da mão de um traficante ou da transgressão de um estudante