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sábado, 27 de setembro de 2014

Portão Enferrujado

As Cinco da tarde, já eram de costume.
Eu deitado no sofá rasgado
Ouvia o bater, o ranger.
O som daquele portão enferrujado
Fazia me estremecer
Corria até a porta
Você me dava um beijo de aprovação

Meus olhos inocentes
Não percebia tamanha felicidade
O simples ranger de um portão
Anunciava a tua chegada.

Minhas pequenas pernas
Corriam desengonçadas
De encontro a ti
Era a hora mais esperada
O som percorria por toda casa
Jogava-me do sofá
Enchia-me de alegria

O tempo veio de surpresa
Afastou-te de mim
E o ranger não é o mesmo
Ele continua enferrujado
Porém não existe mais surpresa

As lembranças se dissipam
E o ranger apenas é do meu coração
Sabendo que diante daquele portão
Nunca mais terei a tua aprovação.

domingo, 7 de setembro de 2014

Te Perdôo


Te perdôo pelo meu abandono
Pelos caminhos errôneos
Os tristes desencontros
Por todas as noites mal dormidas
E todas as minhas feridas.

Volta, não precisa fugir.
Não precisa mentir também não me conte a verdade.
Volta, preciso de teus carinhos aborrecidos.
Dos dias em que se encontra enfurecido
Das horas em que me destrói
Preciso de seus espinhos que acariciam meu corpo
Grite novamente que serei sempre teu estorvo
Que não precisa mais de mim.

Te perdôo por ter partido e nunca ter escrito uma linha qualquer
Te perdôo por ter mentido, e ter fingido me amar.
Te perdôo por ter me enganado e ter me abandonado.
por ter gritado ao mundo que nunca me amou.

Só não te perdôo pelos beijos que me deu
Pelas promessas que esqueceu
E pelos braços ao qual você se perdeu..

quarta-feira, 3 de setembro de 2014

Frederic Chopin - Marcha Funebre

Teu Amor

Escrito em 8 de Agosto de 2010


Eu avistei uma criança doente
ela sorriu para mim
eu pude vê-la apodrecer e cair
ninguém evitou sua morte
teu amor é uma criança doente
Então quando você estiver morrendo, eu sorrirei e gritarei
O amor é uma criança doente
Assim eu pude perceber que a morte deixa as coisas mais doces
não posso evitar que meu coração pare
Você injetou todo seu amor estragado, em mim.
O amor é como uma criança doente (eu ainda posso escutar seu choro) 

Cante-me uma canção de ninar, enquanto corta meus pulsos
me coloque para dormir, deixe-me morrer.
E no silêncio da noite, meus gritos não serão ouvidos e
no amanhecer do dia tudo estará acabado.

O amor é uma criança doente
Eu vi queimar em meu interior todo seu amor.
Ele apodreceu dentro de mim.
Tire meus melhores pedaços e forme um boneco.
Teu escravo, teu afago.
mas não me deixe muito tempo fora da geladeira
porque estou á apodrecer (ela chora sem parar) 
Você tem que aprender a sorrir enquanto mata.
Você tem que aprender a amar enquanto morre
O amor é como uma criança doente.
Pobre, frágil e inocente.