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quarta-feira, 4 de junho de 2014

Sobre a Mesa



Seus olhos como chamas 
Me despindo, me obstruindo 
Tuas mãos me acariciam 
Despindo minha decência 
Roubando minha inocência 

Sob a mesa 
Sou servido 
Brutalmente me desonrando 
Não estou no comando

Suor sobre a pele 
Lavando nosso pecado
Estou preso em seu falo
Poeticamente sendo penetrado

Teus músculos 
Meu escudo 
Teu afago
Me contraio 
Sob a mesa 
Sou servido 
Engolido, cuspido
Tua erupção 
Minha redenção 





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